terça-feira, 27 de julho de 2010

O silêncio e as palavras

Tudo tem sua graça, seu tempo e movimento.
Respeitar o tempo e movimento é como respeitar a larva em seu processo de metamorfose.
O movimento é sensibilidade entre palavra e o silêncio.
O outro que esta dividindo algo conosco, deseja a atenção em silêncio para compartilhar seu coração, muitas vezes aflito outras vezes criativo.
O outro atende em silêncio, pois sabe ler almas e entende o coração sem nada dizer.
As palavras também são necessárias conforta a alma e quando usadas sabiamente, liberta pessoas.
Entre o silêncio e as palavras encontramos a sabedoria.
Sabedoria esta no momento de acolhimento entre o que vai a nosso coração e comunga com o coração do outro.
O outro, muitas vezes, espera por palavras, pois seu silêncio pode ser amedrontador.
As palavras acalentam, abençoam e lhe asseguram que esta tudo bem e o silêncio volta a ser libertador.
O movimento entre um e outro em um compasso musical, calmo e respeitoso.
Nada pode ser imposto.
Nada pode ser cobrado.
Nada pode ser invadido.
Nem o silêncio, nem as palavras.
Todas as necessidades são acalentadas pela universalidade do amor.
Todas as sabedorias aceitas pela mesma universalidade.
Todos são peças preciosas de uma rede que se forma a partir do centro de cada um.
Uno e exclusivo, inteiro e integrado.
Integramo-nos a nós mesmos na medida em que nos integramos ao todo.
Tanto silêncio como as palavras podem ser catastróficas se não compreendemos o movimento do coração que indica quando um termina e se inicia o outro.
Além do que no silêncio podemos perder uma grande oportunidade de dizer simplesmente EU TE AMO.


E assim é
Ivone

Texto extraído dos livros da série "Dimensão da Comunicação"

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