quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pierre Weil - (parte 1)

Pierre Weil (1924-2008) - Educador, Psicólogo (Francês) e Fundador da Universidade da Paz (UNIPAZ - cujo propósito: difundir a cultura de paz). Este vídeo, refere-se a palestra ministrada no "Encontro para a nova Consciência". (Só assista com TEMPO). Afinal de contas, você terá a oportunidade de aprender sobre: MUTANTES, Mudanças, Crise existencial, Sentido existencial, Espontaneidade, Religião, Sincronicidade, Paz, Ouvir o outro, Masculino, Feminino, Comunhão, Morte...

Tenho a alegria e felicidade de fazer parte da UNIPAZ - turma 6- Pós-Graduação em Transdiciplinaridade em Educação, Cultura de Paz

Parte 1 das 4 partes que compõe essa belissima palestra, as demais partes podem ser encontradas do youtube.

texto

http://conscienciaintegral.blogspot.com/2011/03/pierre-weil-parte-1_28.html



domingo, 24 de abril de 2011

Dinâmica de relacionamento

Em uma das dinâmicas de apresentação promovidas pela coordenadora em meados de 2004 que era mais ou menos assim, com um carretel, jogava-se o cordão segurando uma parte da linha, daí todos ficavam com linhas do cordão cruzando em varias direções, a cada um que recebia o carretel tinha que falar de si se apresentar ao grupo e em seguida segurar a linha e jogar ao outro.

Uma dinâmica eficaz, onde mostra que todos dependem uns dos outros e estamos juntos.

Minha surpresa foi, ver uma professora da minha área disciplinar que tinha acabado de ingressar como efetiva e que inclusive com mestrado em educação ambiental.

Responder ao receber o carretel. Eu sou, disse seu nome e continuou, estou aqui e nunca dei aulas antes, passei no concurso e pretendo agora trabalhar na educação.Perfeito até então, se não continuasse seu discurso que me deixou de boa aberta.

Eu não gosto de gente, dizia ela, gosto de animais.

Fiz mestrado em educação ambiental por isso, por não gostar de gente.

Estou em frente à mesma com um sorriso pra lá de amarelo, e com meus questionamentos.

Para gostar de um animal é necessário amar, sentir amor.

Como podemos limitar este amor?

Como podemos definir o amor?

Como podemos ser o impedidor da própria essência de Deus em nós?

Se amarmos as pessoas e não amamos os animais, não estamos sendo completos em e vice-versa.

Como podemos ensinar uma pessoa que já tem um nível de instrução elevada, que sua base existencial tem problemas?

Que o simples esta desequilibrado.!

Como podemos colaborar para que pessoa se encontre dentro de si mesma?

Fiquei atônita alguns segundos e tentando ter meu sorriso cor de rosa de volta. Depois deste evento tentei me aproximar desta professora e mostrar que os alunos não eram animais e nem animais eram humanos, porém podemos amar igualmente todos.

Não tive muito sucesso, pois na sua testa estava estampado tenho Mestrado e de nada preciso.

Final da historia.

Texto extraído do livro dimensão de ser feliz ( em construção)

sábado, 23 de abril de 2011

O que é ensinar? Quem é um professor? (*) Humberto Maturana



- Alguma outra pergunta?

Sim, Professor. Que é um professor? Ou, quem é um professor?

Humm (pausa)

(Risos)

- (Escreve ao quadro negro:)

Professor, Mestre. E, portanto, está aqui: ensinar. Creio que aqui aparece este conceito.

O que é ensinar? Eu lhes ensinei a Biologia do Conhecer? Sim, se alguém abre a porta desta sala... (desloca-se até a porta, simula ouvir alguém que bate à porta e, então, se desculpa, e diz a outro alguém: ) ... “Nesta sala está o Professor Humberto Maturana ensinando Biologia do Conhecer” (desloca-se de volta: )

Eu lhes ensinei a Biologia do Conhecer? Em um sentido, com relação à responsabilidade perante a Faculdade, eu lhes ensinei a Biologia do Conhecer.

(Risos)

- Mas o que fizemos nós ao longo deste semestre?

o Desencadear mudanças estruturais.

- Desencadear mudanças estruturais, desencadear perturbações. E como fizemos isso?

o Em coordenações de coordenações de ações.

- Em coordenações de coordenações de ações. Ou, seja: vivendo juntos. Claro, uma vez por semana, viver juntos uma hora, uma hora e meia, duas horas, ou, alguns estudantes, que permaneceram comigo mais horas... isso era viver juntos. Vocês podem dizer: “Sim, mas eu estava sentado escutando”. Isso se estavam verdadeiramente escutando, como espero.

(Risos)

- Estavam sendo tocados, alegrados, entristecidos, enraivecidos... Quer dizer, se passaram todas as coisas do viver cotidiano. Mexeram com as idéias, rejeitaram algumas. Saíram daqui conversando isto e mais aquilo... “Estou fazendo um trabalho...” Estavam imersos na pergunta: “Como prosseguir de acordo com o que lhes ia passando, vivendo juntos, comigo, em um espaço que se ia criando comigo.”

Então, qual foi a minha tarefa? Criar um espaço de convivência. Isto é ensinar.

Bem, eu ensinei a vocês. E vocês, ensinaram a mim?

o Sim.

- Claro que sim! Ensinamo-nos mutuamente. “Ah, mas acontece que eu tinha a responsabilidade do curso, e ia guiando o que acontecia”. De certa forma, sim, de certa forma, não. De certa forma, sim, porque há certas coisas que eu entendo da responsabilidade e do espaço no qual me movo nesta convivência, e tinha uma certa orientação, um fio condutor, um certo propósito. Mas vocês, com suas perguntas, foram empurrando esta coisa para lá, e para cá, e foram criando algo que foi se configurando como nosso espaço de convivência.

E o maravilhoso de tudo isso é que vocês aceitaram que eu me aplicasse em criar um espaço de convivência com vocês. Vocês se dão conta do significado disso? Foi exatamente igual ao que ocorreu quando vocês chegaram, como crianças, ao jardim de infância, e estavam tristes, emburrados, a Mamãe se foi, estão chorando, “Ahhh, eu quero minha mãe”, e chega a professora, e oferece a mão e vocês a recusam, mas ela insiste, e, então, vocês pegam sua mão. E o que se passa quando a criança pega na mão da professora? Aceita um espaço de convivência.

Com vocês se passou a mesma coisa. Em algum momento, aceitaram minha mão. E, no momento em que aceitaram minha mão, passamos a ser co-ensinantes. Passamos a participar juntos neste espaço de convivência. E nos transformamos, em congruência... De maneiras diferentes, porque, claro, temos vidas diferentes, temos diferentes espaços de perguntas, temos experiências distintas. Mas nos transformamos juntos, e agora podemos ter conversas que antes não podíamos.

E quem é o professor? Alguém que se aceita como guia na criação deste espaço de convivência. No momento em que eu digo a vocês: “Perguntem”, e aceito que vocês me guiem com suas perguntas, eu estou aceitando vocês como professores, no sentido de que vocês me estão mostrando espaços de reflexão onde eu devo ir.

Assim, o professor, ou professora, é uma pessoa que deseja esta responsabilidade de criar um espaço de convivência, este domínio de aceitação recíproca que se configura no momento em que surge o professor em relação com seus alunos, e se produz uma dinâmica na qual vão mudando juntos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pro dia nascer feliz parte 1





Um belo documentário sobre o sistema educacional brasileiro,postei a parte 1 , no total são 9 partes encontradas no you tube , imperdível


Ivone