sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para a Alice, com amor

Algures, em 30 de Agosto de 2007

Querida Alice, Chegou, finalmente, o dia do teu sexto aniversário. Finalmente, porque a pressa de ser grande se transforma em impaciência quando os aninhos ainda podem ser contados pelos dedos.
Entre Agosto e Setembro, entre o brincar sem cuidados e o ir à escola é só um saltinho de pardal. Dentro de poucos dias, a criança que és há-de ser “aluno”. Presumo que não vás perceber a diferença, mas não ouso afirmar. Quero apenas acreditar que, em 2007, já não sofras os dramas que crianças de outras gerações suportaram. Nasceste no primeiro ano deste século, mas houve alguém que, já no início do século XX, escrevia que aquele seria “o século da criança”. Enganou-se.
Como todas as crianças, sentirás apreensão e curiosidade. Irás fazer novos amigos e conhecer adultos que, supostamente, te ajudarão a crescer e a compreender o mundo. É sobre esse mundo novo e misterioso, que se abre para os teus olhos de menina curiosa, que eu te venho falar. Venho contar-te as histórias que não te pude contar quando eras mais pequenina. Eu explico...
Nos anos que se seguiram ao teu nascimento, à semelhança de outros professores em início de carreira, os teus pais não tinham poiso certo. Ano após ano, viviam a incerteza da “colocação”. Eu explico...
“Colocação” era o final feliz de uma angustiada espera. A “colocação” dava aos teus pais a certeza de que, pelo menos durante um ano, poderiam fazer o que gostavam de fazer: ensinar e aprender numa escola como aquela onde vais viver alguns anos da tua vida. E era também nessa diária aventura de ensinar e aprender que os teus pais amealhavam o seu sustento e asseguravam o teu futuro.
Os teus pais conheceram-se, amaram-se e quiseram que viesses ao mundo num tempo incerto. Não esperaram por tempos seguros, que, nestas coisas do amor como nas de aprender e ensinar, o que é urgente não deve esperar. E aceitaram a sina de, ano após ano, levarem a casa às costas para onde o acaso do “concurso” os atirava. Eu explico...
“Concurso” era um estranho jogo, um jogo de acasos, que os professores eram obrigados a jogar naquele tempo. O “concurso” era impiedoso e, no final de cada anolectivo, impunha a violência da separação àqueles que se começavam a conhecer e a compreender. O “concurso” era cego, pouco se importava com os afectos e nada entendia de criar laços.
Impedidos de concretizar o sonho de fazerem as crianças mais felizes, afastados daqueles que aprenderam a amar, os teus pais mudavam de casa, ano após ano. Dentro da casa, levavam o teu berço para longe das paragens habitadas pelos teus avós. Era assim naquele tempo e, só por isso, não pude estar junto de ti para te contar o mundo pelo caminho dos bosques e palácios de sonho habitados por duendes e príncipes encantados. E tu não pudeste ensinar-me a gramática de tempos que serão teus e que, certamente, já não poderei ver.
Mas sei que os teus pais te afagaram com a meiguice das palavras que crescem no coração dos pais. Tenho a certeza de que se debruçavam sobre o teu rosto quando ainda só falavas com o olhar, para te dizer do imenso afecto que os unia e de que eras o fruto maravilhoso. Estou certo de que embalaram o teu sono com histórias que te ajudaram a afugentar as sombras e os medos da infância.
Se não te disse as palavras doces no tempo certo, agora me redimo. Falar-te-ei em nome de todos aqueles que, em perturbados tempos, se deram a utópicas tentativas de dar sentido a experiências que a maioria das crianças que foram as da geração dos teus pais e avós não puderam conhecer. Falar-te-ei de professores que acreditavam ser possível pôr humanidade no acto de aprender e ensinar. Quero que saibas que havia pessoas assim.
Aqui chegado, pressinto que te interrogues: afinal de que estás a falar, avô Zé? Estou a falar de histórias que ficaram por contar. Através das imperfeitas palavras, farás a viagem ao tempo em que em que se desenhavam os destinos das crianças futuras, projectos (como então se dizia) de escolas de um devir luminoso. Disso te falarei amanhã.
Com amor,
O teu avô José.

Prof José Pacheco
recebi por e-mail não posso guardar só pra mim
Ivone

domingo, 24 de julho de 2011

O Impacto que causa um pai sobre seus filhos

A sabedoria divina fez com que a maior ferramenta a ser utilizada na educação dos filhos fosse o próprio exemplo de vida dos pais. Através da psicologia tantas pesquisas e estudos tentam indicar caminhos de sucesso na educação das crianças!!! Quantos livros ensinam segredos para os pais! Porém o mais eficaz e poderoso meio de educarmos nossos filhos é e sempre será através de nossas atitudes diárias. Deus é sábio e fez com que a autoeducação dos pais se tornasse o verdadeiro e único caminho para a educação dos filhos.
abraço fraterno
Ana Lúcia Machado



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Minha querida “Gi”


Em tormentos e desventuras, te vejo.

Ressoa em mim desamor e incompreensão.

Lutas, brigas, chamam minha atenção.

Um momento de reflexão.

Mais brigas, mais discussão, uma aponta a outra.

Nova reflexão.

E agora ação.

A constância da mudança.

A ação que leva a reflexão de uma nova percepção.

Cutucou-me e ao cutucar fez-me novamente olhar.

Novo olhar, novo encontro, agora mais segura e serena.

Posso aceitar.

Aceitando posso acolher.

Acolhendo seu olhar, seu pensar.

Posso amar.

Amando posso transformar.

Transformando posso amar-te.



Faço de meus “versos” meus agradecimentos.

Ivone

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Visões de mundo


Encontro com José Pacheco

Inconfundível, incrível e arrisco dizer inenarrável.

Algumas provocações e reflexões.

Somos educadores, não somos escola.

A escola se dá no momento do encontro, um a um.

No encontro uma possibilidade, algo acontece à escola se apresenta.

Fomos inseridos em formas e regras, é preciso avançar.

Não discutir escola, currículo ou crianças e sim pessoas libertação e ação livre.

O educador emerge em qualquer lugar, não necessita de paredes, formatação ou currículo para trabalhar.

Ele é seu currículo, sua vida e visão de mundo é seu livro de pesquisa. Poderia então afirmar que todos somos educadores em essência e a resposta seria, em partes. Pois, apenas o educador carrega em seu peito algo que nem ele sabe explicar, uma espécie de contaminação amorosa, onde emerge um desejo de contribuir para a vida de modo geral, uma curiosidade pela busca que a vida não apaga.

Esta curiosidade junto a sua visão de mundo deseja compartilhar, somar ao outro no momento do encontro.

Um educador pode ter uma sala lotada ou apenas uma pessoa. A emoção da troca é a mesma.

Este educador que hora ensina, hora aprende.

“Educação é quando as pessoas se ajudam”. José Pacheco.

“Nada é nosso, tudo é nosso”. Autônomo co-responsável. José Pacheco.

“Toda relação é educativa”. . José Pacheco.

“Na presença, no autêntico não há repetição”. José Pacheco.

“Educador não é aquilo que ele diz é aquilo que ele é “.José Pacheco.

“O momento único é sagrado”. José Pacheco.

“A disciplina é afetividade”. José Pacheco.




Ivone

segunda-feira, 18 de julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

emAne 2011



Código de Ética emAne


emAne es un enlace mundial parA una nueva educación. Se escribe:

En español, emAne: enlace mundial parA una nueva educación
En inglés, emAne: wordwide link for A new education
En francés, emAne: réseau mondiAl pour une nouvelle education
En portugués, emAne: enlace mundial parA uma nova educação

emAne es un enlace planetario constituido por voluntarios/as re-unidos/as para co-crear una nueva Educación basada en la necesidades actuales de los niños/as, jóvenes y adultos de hoy y los nuevos paradigmas del Tercer Milenio

Los principios de emAne se encuentran en el Manifiesto Educación 3000 que se halla en la página Web www.emane.info


http://www.livestream.com/emane

http://pedagogia3000-brasil.blogspot.com


sexta-feira, 15 de julho de 2011

A pergunta é para onde vamos?


Quando questionamos tudo a nossa volta automaticamente provocamos reflexões e a partir daí novas mudanças.

Somente na reflexão há mudanças e assim transformamos a escola e o mundo.

Enquanto a escola estiver formando pessoas para servir há um conjunto de regras pré - estipulados. Estaremos rodando em círculos.

A escola deve transmutar a si mesma.

Morrer para renascer.

Mas, temos medo.

Por que estamos apegados aos livros, a como as coisas devem ser, a uma formatação escolar de mais de um século, a títulos escolares e até mesmo a representação e um avental de “Mestre”.

Os grandes portões existem primeiramente dentro de nós.

Rompe-los é transmutar, vencer o medo.

É responder para onde vamos. É renascer escola.

Que possamos ter coragem de questionar, de olhar o passado e deixa-lo ir, morrer.

Sem alunos ou professores, sem regras ou fórmulas, apenas pessoas que se encontram com outras pessoas.

E no encontro uma troca.

Na troca o aprendizado, o maior presente da Terra, ensinar e aprender com alguém.

Ajudar a descobrirem a si mesmos, seus talentos e sua maestria.

Em um espaço aberto e acolhedor.

Que chamaremos de outra coisa ou mesmo de escola.

Ivone

Prof. José Pacheco

Palestra do Prof. José Pacheco na APEOESP, apresentada pelo programa Educação na TV. O professor Pacheco é ex-diretor da conhecida Escola da Ponte de Portugal.

O educador participou, desde o início, do processo que culminou na transformação daquela unidade educacional em uma instituição única.


http://orientandoquemorienta.blogspot.com/


quinta-feira, 14 de julho de 2011

6º Encontro da pedagogia 3000 - RJ

Texto INTRODUTÓRIO

Histórico

Conscientes de que estamos presenciando mudanças sem precedentes nas crianças e jovens de hoje, mudanças que observamos tanto no âmbito físico e fisiológico, como no plano emocional, cognitivo, de conduta, ético e existencial, temos procedido, como uma equipe multidisciplinar, a investigações sobre as mudanças na infância desde o ano 2000, em parceria com mais de 33 países da America Latina e da Europa. Até o momento foram realizados mais de 920 seminários e conferências em tais países, onde pudemos fazer um intercâmbio de nossas observações e investigações. Os resultados deste trabalho estão publicados no livro Pedagooogía 3000, guía práctica para padres, docentes y uno mismo, da editora Ox La-Hun, Espanha-Bolivia (em espanhol, inglês e francês), assim como uma série de 5 mini-livros e 33 cadernos aplicativos. No Brasil foi editado em 2008, pela Editora Noéticus, o mini-livro Pedagooogi a3000 fácil – 13 passos simples para pais, professores e para si mesmo.

Realizamos investigações, campanhas de conscientização e alianças mundiais em diversos idiomas como espanhol, francês, inglês e português. Contamos com uma equipe de profissionais e cientistas para a investigação aplicada (médicos, psicólogos e pedagogos), uma equipe técnica para a produção de material de apoio tanto escrito como audiovisual e digital, dirigido aos adultos educadores e ao público em geral. Estamos atualmente formando núcleos de profissionais capacitados nos temas da nova educação, em vários países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, México, Peru e Uruguai), uma parte da Europa (Espanha, França) e Índia.

Em 2011 estamos realizando uma turnê mundial, com uma série de 77 eventos para enlaçar Ásia, África, Austrália e consolidar a Europa, para que assim possamos ter pontos de ancoragem em todos os continentes. Nosso boletim semanal bilingue é distribuído eletronicamente em 33 países até o momento.

Organizamos uma rede de investigação com a criação de emAne, o enlace mundial parA uma nova educação, junto com a Asociación Adhyayana 22 – educándonos con conciencia, associação sem fins lucrativos de Barcelona, Espanha, e o Instituto Asiri, Centro educativo integral experimental de Lima, Peru, projetando centros de capacitação em vários países em diferentes continentes. Legalmente este enlace mundial está constituído como uma Organização Não Governamental sob o amparo da Lei Chilena, tendo sido depositado em 14 de janeiro de 2011 em Arica, Chile. Os Estatutos da ONG estipulam que esta pode funcionar mundialmente.


Pedagooogia 3000
por Noemi Paymal

● Pedagooogia 3000 é uma sinergia pedagógica, que prioriza a criança de hoje e de amanhã, com suas mudanças, suas necessidades específicas e sua nova maneira de aprender e ser.

● Busca constantemente ferramentas pedagógicas para o bem-estar e o desenvolvimento harmonioso e integral dos seres humanos.

● É uma pedagogia em expansão, aberta e flexível às mudanças, que renova-se constantemente em concordância com os novos paradigmas do Terceiro Milênio.

● Seu princípio fundamental é o amor universal e incondicional.

● É uma atitude que se trata em entendimento-ação, em constante movimento e crescimento, inclusiva por natureza. Se adapta segundo o entorno social, cultural, econômico e ecológico.

● Propõe reunir e potencializar o melhor das metodologias, procedimentos e técnicas pedagógicas passadas, ancestrais, as de agora e as que estão em formação sempre que estas promovam o desenvolvimento do ser de maneira harmoniosa, afetuosa e integral.

● A Pedagooogia 3000 amplia e instrumentaliza os Quatro pilares da UNESCO, de Jacques Delors: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; baseando-se em Oito Pilares:

Pilar 1) Se embasa em novas pautas de aprendizagem e maneira de ser e de visão das crianças e jovens do agora.

Pilar 2) Promove ferramentas bio-inteligentes, bio-mórficas e bio-reconectadoras;

Pilar 3) Incentiva o desenvolvimento bio-integral e a ação (Educação Produtiva)

Pilar 4) Apóia o desenvolvimento integral dos pais e professores.

Pilar 5) Se baseia nas 13 inteligências.

Pilar 6) Dá boas vindas a todos os métodos educativos alternativos.

Pilar 7) Promove as experiências educativas dos povos indígenas originários e a multiculturalidade.

Pilar 8) Aponta o desenvolvimento do Ser e a formação de Sábios.

A qualidade humana é mais importante que a técnica pura ao entrarmos no novo milênio.
Que cada um utilize suas habilidades, atributos e sabedoria e reafirme seu poder pessoal como co-criador responsável.
Noemi Paymal (Bolívia/França) | PEDAGOGIA 3000

Argus Caruso Saturnino (RJ) | ESCOLA DO MUNDO

Impressões RJ- Universidade Santa Ursula


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor...


O Amor é explosão de energias que se traduz em vida nas suas mais variadas formas. É o pensamento da criatura convergindo com o pensamento do criador, numa simbiose consciente com tudo que pulsa e vibra no universo. O Amor não reconhece a si mesmo como expressão do ego, mas reconhece-se na consciência universal, na livre manifestação da doacão que nada pede em troca.

O Amor é a própria vida em outras vidas, reconhecendo o valor da pedra bruta, aparentemente inanimada, como expressão primititva do princípio inteligente que transita para o vejetal e o animal, até torna-se parte pensante do todo universal.

Não podemos vê-lo, nem tocá-lo, nem mensurar sua extensão com os sentidos físicos; assim como a ciência, ainda, não pôde explicar a materia nas suas mais variadas formas, nem explicar a dança harmônica das partículas elementares que constituem o universo. Isso porque – se não podemos vê-lo é porque podemos mais - podemos senti-lo pulsar no nosso ser e em tudo que dá vida ao nosso mundo a partir da menor molecula que vibra em nosso corpo.

Amar é respeitar a vida – maior patrimônio legado por Deus aos seres pensantes. Quando nascemos é uma vida que se imisque em outras vidas - numa troca constante de energias necesária ao equlíbrio do todo. A natureza já está lá a nos ofertar tudo que precisamos para o desenvolvimento do nosso ser – sem nada pedir em troca. Respeitá-la, amá-la como se nós fossemos ele e ela nós – é engendrarmos o valioso mecânismo do equilíbrio e da harmônia do universo.

Fomos criados para amar, para doar e receber na medida exata daquilo que ofertamos. Receber as energias do universo é intuir a expressão da bondade divina – é antes de tudo um proceso de dá, de doar aquilo que há de melhor em nós – contribuindo para evolução do todo a partir das partes que o constitui.

Pensar é o ato supremo pelo qual se exprime a inteligência. É o mecânismo que nos faculta a ligação com as energias maiores da natureza e dos mundos em todas as suas dimensões. Nossos pensamentos ecoam no universo se fazendo ouvir nos rincões mais distantes das galaxias. É energia eletromagnética que emite ondas e vibra em diferentes frequências – consoante o sentimento que lhe impregna a mente.

A radiacão ou ondas emitidas pelo pensamento, conforme sejam curta ou longa (comprimento de onda), rápidas ou devagar (frequência) – definem o padrão vibratório do espírito encarnado ou desncarnado – é a sua identidade. A medida que o comprimento da onda é menor, maior será a frequência e o poder de expansão e penetracão. Identifica-se um espíto puro pela emissão de raios ultracurtos e grande poder de expansão e penetracão.

Por está ligado a tudo e a todas as outras formas inteligentes que povoam o universo nas suas dimensões – o pensamento atrai aquilo que lhe é semelhante por intermédio da sintonia. Há sintonia entre espíritos que tem as mesmas formas de pensamentos, idéias e sentimentos – que podem ser altruistas (voltados para o bem) ou não.

Assim, cada espírito emite irradiações com vibracões peculiar, consoante a sua inclinacão para o bem ou para o mal. O padrão vibratorio, portanto, define o padrão moral do espírito, que emite vibrações tanto mais longa quanto mais curta – quando se é mais elevado moralmente. Dessa forma, são as caracteristicas morais do espírito que definem a suas relacões no universos dos seres pensantes.

Pensamentos impregnados do bem e do amor atraem o bem e o amor. Concretiza a destinação do ser que pensa e do mundo que habita – criando anjos e mundos angelicais – onde não exstirá mais lugar para o egoismo e o orgulho, onde o sangue dos semelhntes não será mais derramdo, onde não mais haverá fome, nem pobres, nem ricos, nem pretos nem brancos – tudo que haverá será o AMOR.

PALAVRAS DO CLÁUDIO RIBEIRO - PRESENTE EM NOSSO ENCONTRO