sábado, 27 de agosto de 2011

Aposentada




Em viagem ao Rio de Janeiro, hospedada em albergue, conheci uma professora Argentina que me disse ao pé da sonoridade da palavra: “Soí Professora humilhada” que na verdade é Rumilhada, uma expressão em sua língua para a palavra aposentada na nossa.
Depois de rir da expressão e finalmente entender que, a Argentina não se referia à humilhada e sim aposentada.
Humilhada seria uma expressão cabível ao olhar interno que muitos temos diante dos nossos alunos e da pressão que a profissão recebe.
Aos 50 anos esta professora segundo ela mesma foi retirada do sistema e hoje viaja o mundo a se divertir e conhecer pessoas.
Ela não se sente humilhada, quando expliquei o que significava humilhada para nós.
Disse-me que se sente com o dever cumprido e feliz por poder viajar.
O desgaste o dia a dia não consumiu sua criança interior que ainda vibra com pequenas coisas como natureza, adolescentes e seus conflitos e diversidade cultural.
Humilhada pode ser uma expressão que leva uma reflexão sobre aposentadoria.
Chegaremos lá humilhadas?
Chegaremos lá saudáveis e com nossa criança interna lúcida?
A resposta está dentro de cada um.Humilhada ou aposentada.
O caminho se constrói no presente



Ivone


domingo, 21 de agosto de 2011

Antepassado

Fui uma pessoa que não cultivei nenhuma tradição ou respeito ao passado.

Muitas culturas espirituais costumam honrar seus antepassados.

Honrar onde nasceu de onde surgiram às idéias pensamentos, honrar a filosofia e historias de tudo, honrar a própria existência.

A revolução índigo veio para quebrar paradigmas ajudando a todos avançar para um novo nível de consciência.

Percebo como índigo adulto que sou que isto nada tem haver com desrespeitar o passado, à consciência que ai esta e principalmente todas as tradições religiosas.

Podemos ajudar na transmutação respeitando a origem das coisas, dos pensamentos e filosofias e depois contribuir para o avanço de uma maneira saudável do ponto de vista evolutivo equilibrado.

Há bem pouco tempo compreendi o quanto é significativo esse estado de honradez a tudo, um estado de aceitação e gratidão, não é preciso concordar, mas é precioso respeitar.

O desrespeito nos coloca como donos do mundo e, por conseguinte queremos que tudo seja como nosso desejo, que nada mais é que nosso desejo, muitas vezes lapidado por raivas e revoltas internas.

Toda mudança que desejamos ao mundo deve em primeiro lugar acontecer dentro de nós,

A paz é um estado antes de qualquer coisa de aceitação plena da impermanência, da ilusão de Gaia.

Do ilusório transitório.

A existência esta evoluindo e evoluímos todos juntos.

De uma consciência para um nível superior da mesma consciência, ou seja, tudo que vivemos e construímos até aqui esta aqui para evoluir.

Destruir, derrotar, quebrar, desonrar é usar do que Hitler acreditou ser o melhor para um povo e equivocadamente não uniu ninguém.

Quebrar paradigmas ajudar avançar no processo conscencial é antes de tudo viver sua paz, ser este estado de mudança para então agir dentro da mesma paz encontrada.

A compreensão caminha junto com a sabedoria.

Ivone

domingo, 14 de agosto de 2011

O Bisturi e o Tear


Taunay Daniel

Quando, em 1958, eu comecei a cursar a primeira série do ensino fundamental (que naqueles tempos chama-se ginasial), todos os alunos usavam uniforme. Tratava-se de uma escola pública de São Paulo, reconhecida pela alta qualidade do ensino que prestava aos seus discípulos.

Era um uniforme discreto: jaqueta cinza-azulado, camisa branca e calças grafite (saia para as meninas). Havia um detalhe muito importante na jaqueta, um emblema bordado do lado esquerdo superior onde se costuma dizer que é o lugar do coração. O desenho do emblema representava a idéia de átomo que se tinha naquela época. Eram três elipses, representando três órbitas de elétrons, todos girando em torno de um núcleo. No lugar do núcleo, entretanto, estava desenhado um livro aberto.

Era inegavelmente uma idéia interessante, um símbolo muito claro de uma época. Pretendia significar, explícita ou implicitamente, que a ciência clássica havia obtido o grande e definitivo sucesso de compreender e descrever a estrutura mínima da matéria, os micro-tijolos que compõem o Universo. Além disso, naquele emblema do uniforme, o núcleo do átomo era um livro, vale dizer, o conhecimento racional e sistemático que tudo poderia responder e explicar sobre os enigmas do mundo em que vivemos e sobre nós mesmos.

Era isso o que nos ensinavam na escola: que havia uma forma única e triunfal de conhecer o mundo. Uma forma objetiva que conduzia necessariamente à verdade, sem nenhuma “contaminação” de subjetividades inconvenientes que só fazem macular o saber cristalino que o racionalismo científico produz. Com isso podíamos nos sentir protegidos e confiantes.

E assim eu fui educado, como tantos outros o foram e são até os dias de hoje. Aprendemos a acreditar que existe uma maneira muito superior às outras de abordar e conhecer a realidade. Aprendemos a adotar uma determinada mentalidade, uma espécie de lupa especial supondo que, através dela e somente assim, podemos ver as coisas como realmente são.

Essa mentalidade, que podemos chamar de cientificismo, desde há muito se infiltrou em toda a sociedade, quer percebamos ou não. Ela tem uma origem histórica. Nasceu na Grécia antiga e foi se aprimorando e consolidando ao longo do tempo passando por diversas etapas até chegar ao seu grande apogeu em meados do século XIX até o início do século XX.

Foi tal o sucesso da ciência em fazer predições e estimular novas tecnologias, que a palavra “científico” passou a ser sinônimo de verdadeiro. Não é raro, mesmo atualmente, ouvir alguém dizer para por fim a uma discussão: “o que eu estou dizendo é científico”! O outro interlocutor da conversa fica paralisado quando é invocado algo tão poderoso como a Ciência.

Não é à toa que fazemos apelo à Ciência para justificar todo o tipo de ações na educação, na política, na economia, na saúde, na justiça, na publicidade, na indústria, no comércio, etc. A Ciência tornou-se a grande avalista dos procedimentos em inúmeras áreas da atividade social, desde os mais honestos e bem intencionados até os mais perniciosos.

É claro que uma criança (como eu era em 1958) não tinha nenhuma consciência do significado daquele emblema na jaqueta do uniforme escolar. Aquela mentalidade impregnou-se em mim sem que eu percebesse e custou-me muito esforço para livrar-me dela. Foram precisos muitos anos para desvestir aquele uniforme simbólico.

O mais curioso é que naquela época a ciência clássica já havia sofrido duros golpes que a removeriam do trono da soberania hegemônica do saber. A Física, a mais ortodoxa entre todas as disciplinas científicas, dava claros sinais, já no início do século XX, de que o método científico clássico não poderia a tudo responder.

Mais curioso ainda, é que mesmo hoje em pleno século XXI, com a rainha tendo sido deposta há muito tempo, tudo continua a ser como se ela ainda estivesse governando, como se os habitantes do reino não tivessem sido informados que o trono está vago. Ainda não sabemos que um novo império está sendo constituído e seguimos procedendo segundo o antigo regime.

O “Império da Razão” está cedendo lugar para o “Império da Consciência”. Entretanto, a sociedade ainda levará algum tempo para reconhecê-lo, aceitá-lo e para reger-se pelas novas leis. Haverá muita resistência, muito enrijecimento, até que a flexibilidade se imponha.

Antes, éramos governados por uma mentalidade de bisturi que dissecava tudo, decompunha o mundo em pequenas partes, via o Universo como um amontoado de coisas separadas e desconexas umas com as outras, inclusive nós mesmos, como se nossa pele fosse uma fronteira bem nítida entre nós e o resto do mundo. Um mundo numérico, discreto, com demarcação precisa de limites. O mundo da verdade. Uma mentalidade que supunha que tudo poderia ser dito e descrito.

Na nova era que se impõe, seremos governados por uma mentalidade de tear, que entrelaça tudo com tudo, que entrevê a Unidade em tudo, que percebe o mundo como um organismo sistêmico, que percebe que há algo de transpessoal em cada um de nós que nos une a todos numa consciência única da Vida. Um mundo analógico, contínuo, sem demarcação de limites. O mundo da transcendência. Uma mentalidade que reconhece que o essencial é inefável.

Em 1958 tudo isso era ainda muito recente para que pudéssemos nos dar conta. Só quem estava na linha de ponta da pesquisa científica estava ciente das grandes transformações pelas quais o conhecimento iria passar. Meu uniforme e eu acolhíamos sem resistência o emblema simbólico.

Tudo leva a crer que o emblema a ser bordado na jaqueta do novo uniforme das escolas do século XXI deverá ser uma Mandala.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

CAPACITAÇÕES PEDAGOOOGIA3000

CAPACITAÇÕES PEDAGOOOGIA3000

Rio de Janeiro – RJ /BRASIL

Para ser agente da mudança para uma nova educação, com consciência e eficácia

CAPACITAÇÃO II - Práticas Pedagógicas para o Terceiro Milenio

Olá Pessoal,

O 6º. Encontro Internacional de Educação Pedagooogia3000 e a Gira da P3000 pelo Brasil está chegando ao fim!

Noemi Paymal tem nos entregado muito mais do que instrução nos encontros, reuniões, atendimentos, vivências, saídas de campo, capacitações e seminários. Tem compartilhado com todos e de forma muito generosa, os aprendizados que logrou nos últimos 10 anos, ao longo de suas viagens, conhecimentos, experiências e parcerias.

No último sábado, dia 30/7, participamos do Seminário de Geometria Sagrada Aplicada à Educação e foi muito, mas muito bom mesmo.

Agora, nesta última etapa, convidamos a vocês todos para participarem da Capacitação II – Práticas Pedagógicas para o Terceiro Milênio.

Logo abaixo vão as informações detalhadas. Começa na sexta-feira, dia 05/8, às 18h. e vai até domingo, dia 07/8, às 19h.

Teremos ainda a oportunidade de vivenciar uma das pedagogias sugeridas, particpando da Jam de Contato e Improvisação, no Espaço Corpo Seguro, no sábado à noite, das 8h às 23h, sob a orientação do querido Mestre, parceiro e amigo Fernando Neder. Fica logo ali, na Rua Camuirano, 76, metrô estação Botafogo.

O valor da capacitação é de R$380,00 que deverá ser pago à coordenação da capacitação, para Daniel Caixão ou Isabel Seidl, que estarão no local. Caso fique mais fácil, poderá ser efetuado depósito deste valor na conta do Banco Santander (banco no. 033), agência no. 3184 – Rio-Leblon, cc 010004957. Se for totalmente impossível efetuar o pagamento à vista, por favor nos contate para que possamos viabilizar sua participação. Nossos fones – Daniel 8877-8713 e Isabel 8285-2565 ou 8466-2003

Nesta última capacitação-intensiva o nosso objetivo é explorar as novidades que a Noemi vem pesquisando no mundo todo, atualmente em 33 países, e poder aplicá-las em qualquer contexto, tanto para si mesmo quanto na educação, na vida, para a sustentabilidade pessoal e plantária, para as crianças e jovens, pais, mães, educadores, sua família. O Curso II do programa de Capacitações P3000 nos permite conhecer e, mais do que tudo, poder aplicar, em qualquer contexto, os 33 Cadernos Pedagógicos aplicados de instrumentação da Pedagooogia3000, além de várias outras tendências pedagógicas que estão surgindo e surtindo efeitos maravilhosos.

Serão abordados os seguintes temas:

1. Lus – Som – Forma

2. Mandalas integrativas e memória celular

3. Cultura de Paz Planetária - Jogos de Propósito de Vida, de Re-Conexão e de Síntese.

4. Técnicas antiestresse para pais e educadores

5. Movimentos corporais e abertura de consciência

6. Como trabalhar em uma oitava superior de consciência

7. Exercícios com os quatro elementos, exercícios para ativação do hemisfério direto do cérebro e para o despertar do 4º. Cérebro.

8. Práticas de relaxamento e visualizações criativas.

9. Práticas de silêncio e respiração consciente.

10. Prática com os Reinos e com a Mer-Ka-Bah.

11. Exercícios para o atingimento do desenvolvimento integral das crianças e jovens, bem como dos adultos que os orientam e acompanham, incluindo o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo, ecológico, estético-criativo, intuitivo, espiritual, social, multicultural, ético/solidário e familiar.

12. Uma visão geral da educação do futuro.

Os 33 Cadernos Pedagógicos Aplicados estão disponíveis na web – www.pedagooogia3000.info e você pode baixar qualquer um, é gratuito. Estão ainda em espanhol e estamos formando uma equipe para traduzí-los. Tão logo tenhamos o primeiro pronto, será disponibilizada na web também a versão em português. O material do curso será todo em português e com tradução.

Então ficamos assim:

Curso II – Práticas Pedagógicas para o Terceiro Milênio

Data: 5 a 7 de agosto de 2011 – sexta feira (5/8) das 18h às 22h, sábado (6/8) de 9h às 19h e domingo (7/8) de 9h às 19h.

Local: Espaço Terra Mater – Rua Barão Guaratiba, 29, Glória

Tel.: 2556-7087

Metrô: Estações Catete e Gloria

Valor: R$380,00 (trezentos e oitenta reais). Como a Noemi retorna para a Bolívia no dia 8 de agosto, pedimos a todos que puderem, para efetuar o pagamento em dinheiro. Para os que tiverem dificuldades em fazê-lo desta forma, por favor conversem conosco.

Por favor traga na sexta-feira (5/8)

· Material para reciclagem – jornal velho, garrafas plásticas, papéis, papelão, caixas de ovos, restos de lãs e retalhos de tecidos, botões, embalagens vazias diversas, qualquer material que possa ser usados para criar trabalhos.

· Imagens de elementais: Ondinas (água), fadas, gnomos/trolls (terra), sílfides (ar) e salamandras (fogo). Caso não saiba como/onde obter, busque na web.Trazer as imagens em papel.

· Um avental para proteger a roupa. Vamos “botar a mão na massa”!

· Uma canga ou toalha para sentar.

· Se for possível, traga também 3 pedras, do tamanho de uma mão fechada.

· Tesoura

· Lápis de cor, crayon, giz pastel, aquarelas, canetas coloridas.

Além, é claro, de vestir roupa confortável e levar calçado cômodo, do tipo tênis.

Essa capacitação é pra VOCÊ! Estamos te esperando com muito carinho.

SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO

Ghandi