segunda-feira, 28 de março de 2011

Medo dos Índigos?





Ingrid Cañete responde aos detratores das crianças índigos

INGRID CAÑETE

Porque (não) resistir ao tema e as “crianças índigo”?

Desejo compartilhar algumas reflexões a respeito de um tema tão atual quanto urgente neste início do século 21: a chegada massiva ao nosso planeta Terra, de seres humanos diferentes. Eles representam a evolução da espécie humana e têm sido identificados na literatura e na mídia, como crianças e adultos índigo.
Eu como psicóloga, escritora e estudiosa do assunto, sinto-me no dever de tornar públicas tais reflexões e esclarecimentos devido a novidade e ao caráter impactante do mesmo. Este tema tem causado polêmica e principalmente, tem dado margem a informações distorcidas e equivocadas, as quais acabam por gerar confusão e prestam um desserviço a comunidade em geral.

Atualmente, é possível encontrar críticas acirradas e atitudes exasperadas por parte de pessoas e de setores de nossa sociedade, que demonstram grande resistência em relação ao assunto índigos. E, nos perguntamos, por quê tanta resistência? E, em alguns casos, tanta agressividade quando se trata deste tema?
Muitas razões podem ser levantadas, algumas fundamentadas em crenças e raízes culturais tais como a religião, outras ligadas ao desconhecimento e a informações distorcidas como já foi mencionando. Existem ainda razões calcadas no preconceito e as razões de ordem, digamos, científica. Entre todas estas razões, existe uma que se encontra por detrás de todas elas e na qual acreditamos fortemente, trata-se do medo. O medo, esta emoção tão primária, esse instinto ligado a auto-preservação e a sobrevivência, que assume diferentes graus e formas de manifestação, está na origem de tanta agitação e exacerbação em torno do tema.

Para tratar de tal assunto, tendo em vista a relevância que de fato ele tem para todos nós, do ponto de vista evolutivo, convido o leitor a vestir neste momento, as vestes do cientista e a encarnar o espírito científico verdadeiro. Trata-se daquele espírito, e da atitude deste decorrente, que se abre permanentemente ao desconhecido e que não exige ver para crer mas sim, crê e por isso torna-se cada vez mais, capaz de ver mais, de empreender em busca de respostas, de se recriar permanentemente, de nascer e renascer dia após dia, de caminhar no escuro.
Atitude que só é possível quando se está consciente de que é próprio da ciência a impermanência, a transformação contínua. O verdadeiro cientista é aquele que busca a expansão da consciência como condição essencial para exercer seu ofício de forma ética. Ele não se aferra a nenhuma crença, idéia ou resultado e nunca conclui alguma coisa.
O cientista caminha sempre em busca de respostas mais satisfatórias e mais próximas para dar conta dos fenômenos do mundo físico e também do mundo metafísico.
Caso o cientista se agarre a alguma idéia, crença ou resultado ele estará assumindo um estado de cegueira parcial ou mesmo absoluta e abrindo mão de sua condição de cientista. Estará fugindo de assumir o alto grau de responsabilidade envolvido nesta função. Inúmeros cientistas estão em acordo que as teorias científicas possuem tal qual os icebergs, uma enorme zona imersa, que não é científica, mas que é indispensável para o desenvolvimento da ciência. Sendo esta justamente a zona cega da ciência que crê que a teoria reflete o real. Conforme bem ressalta Edgar Morin, o próprio da cientificidade não é refletir o real, mas traduzi-lo em teorias mutáveis e refutáveis.
Ao mesmo tempo em que as teorias científicas dão forma, ordem e organização aos dados verificados nos quais se baseiam, novos meios de observação ou de experimentação ou um novo olhar, fazem surgir dados desconhecidos, invisíveis. A partir daí as teorias deixam de ser adequadas e se não for possível alargá-las, é necessário inventar outras novas, salienta Morin, em seu livro “Ciência com consciência”. Concordamos com ele quando afirma e ao mesmo tempo constata que a evolução do conhecimento científico não é unicamente de crescimento e de extensão do saber. É também de transformações, de rupturas, de passagem de uma teoria para outra. As teorias científicas são mortais, e são mortais por serem científicas, de acordo com a visão de Popper. Ora, o tempo do conhecimento científico como algo certo, absoluto e capaz de fazer predições concretas e oferecer certezas já caducou, se esgotou juntamente com a visão ou paradigma que lhe deu origem, ou seja, a visão mecanicista.
Dito isso, podemos prosseguir propondo que se reflita sobre o que mais nos atemoriza nesta existência terrena, numa escala de prioridades? Arrisco como resposta que seja a morte. O medo de morrer é provavelmente o medo mais intenso e que assume maiores proporções no imaginário e também no dia a dia de cada ser humano minimamente consciente. A morte que pode significar num primeiro olhar a morte física mesmo e deve ser considerada também e principalmente, a morte simbólica na medida em que perdemos nossos referenciais dados por nossas certezas, nossas verdades absolutas baseadas em nossas crenças mais do que em valores, propriamente ditos.

Quando falamos de evolução humana, está implícito um processo de incontáveis mortes e renascimentos.
Nós morremos muitas vezes em vida, justamente para dar espaço a mais vida em nós, seja do ponto de vista de nosso corpo físico, de nossa fisiologia ou seja do ponto de vista de nossa mente e de nosso espírito. Somos seres mutantes da mesma forma que a ciência é algo em permanente construção, criação e recriação. E, da mesma forma isso ocorre no mundo natural, em nosso planeta e no cosmos. Pois bem, quando falamos que as crianças e novas gerações que estão vindo modificadas em seu DNA, com características físicas, psicológicas e espirituais diferentes, mais evoluídas estão chegando em um número cada vez mais expressivo com a missão de promover, de provocar a transformação e a evolução da sociedade humana, é compreensível que todo esse potencial de mudança, cause um frio na espinha de muita gente, porque o ser humano não gosta de mudar.
O ser humano detesta conviver com a idéia de mudança constante mesmo que sua inteligência lhe diga que essa é sua realidade mais evidente, mesmo que a ciência criada por ele próprio, lhe apresente cada vez mais provas contundentes desta sua natureza mutante. A mudança é sempre vivenciada com muita dor e simplesmente a sua antecipação por meio de notícias e de fatos como a chegada das gerações índigo, é motivo de reações fortes e até radicais orquestradas mais pela parte biológica ou animal que constitui o ser humano, do que por sua porção psicosocioespiritual. O medo é uma emoção primitiva e de baixa vibração que foi, digamos, instalada em nós desde pequenos, geração após geração, visando o controle de nosso comportamento, não tenhamos dúvida a respeito disso. Essa emoção está na base de todos os sistemas de poder que se utilizam do controle e da manipulação. Quanto menos evoluída uma população, mais medrosa, mais sujeita a se assustar com o desconhecido e a temer aquilo que não se encaixa em seus modelos mentais. Por modelos mentais podemos entender, de forma simplificada, como sendo as lentes que dirigem nossa percepção acerca daquilo que chamamos realidade. Essas lentes são formadas por conjuntos de crenças e de pressupostos básicos inconscientes que por serem inconscientes são justamente tão poderosos. O contrario dessa posição portanto, é a consciência em expansão que nos dá amplitude e flexibilidade de percepção que por sua vez nos permite acessar cada vez mais elevados níveis de realidade. O filme “Somos nós” ilustra perfeitamente o que estamos afirmando aqui.
A ciência moderna ligou-se à ideologia burguesa e capitalista e a sua vontade de dominar o mundo e controlar o meio ambiente. Nisto, ela foi perfeitamente eficaz permitindo a burguesia dominar econômica, política, colonial e militarmente o planeta. Como afirma Gerard Fourez, filósofo, matemático e doutor em física. Durante séculos sentiu-se a eficácia desse método e os seus sucessos serviram de base a ideologias do progresso. Até hoje a população se beneficia de um bem estar econômico com o qual não poderiam sonhar há muitos anos atrás. Entretanto, também somos obrigados a constatar que a ciência não é de modo algum eficaz para resolver as grandes questões éticas e sociopolíticas da humanidade, mais do que isso muitos atribuem a ela um papel no estabelecimento das desigualdades e injustiças mundiais. Deparamos assim mais uma vez com os limites da visão e dos ditos avanços técnico-científicos. Mas, além do medo do desconhecido que implica ter que olhar para dentro de si mesmo e rever valores, estilo de vida, buscando por um sentido mais profundo e duradouro, perene para a existência para o conjunto de nossos atos em vida, encontramos um outro medo terrível daqueles que constituem a sociedade burguesa e capitalista dominante. Trata-se do medo de perder o poder e controle sobre seus dominados. O que implicaria perder certezas de ordem econômica e financeira. Perder dinheiro, muito dinheiro em decorrência de perder o controle de muitas, de milhares de mentes dominadas guiando corpos dóceis, como disse Foucalt, é algo tremendamente assustador para muita gente, para muitos grupos de interesses e categorias profissionais.
Afinal, fala-se que os índigos, rótulo que não desejamos que se transforme em uma máscara ou pior num estigma para essas novas gerações, estão vindo diferentes por exemplo, no sentido de não reconhecerem o medo e portanto não serem passíveis de intimidação ou de controle. Grande perigo, percebem? Perigo de uma revolução dirão alguns mais afoitos.Como iremos dominar seres que não sentem medo?! Como vamos fazer com que continuem acreditando nos valores que temos lhe imposto durante tantos anos por meio da propaganda, da mídia, de nosso sistema educacional, nossos dogmas e religiões, de nosso sistema de saúde - que se baseia mais na valorização das doenças e que trata sempre partindo do princípio de que medicar é preciso, pactuando com o poderio absurdo da indústria farmacêutica?!
O medo transforma-se em pânico e o pânico gera atitudes visivelmente transtornadas e desesperadas. Não é a toa que estamos assistindo a uma verdadeira epidemia de crianças, jovens e agora de adultos rotulados de DDA (distúrbio de déficit de atenção) e de DDAH (distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade), de bipolaridade, de crianças problemas. Na verdade, os rótulos são tentativas da ciência de fragmentar, catalogar e assim poder controlar por meio da supressão dos sintomas. Nem estamos falando de cura. É evidente aqui, que faço uma ressalva importante para a necessidade de que profissionais competentes avaliem e façam um diagnóstico diferencial. Mas, por enquanto ainda é pequeno o número de profissionais, médicos, psicólogos, pedagogos que se dispuseram a encarar um estudo mais atento e profundo, sem preconceitos, a este tema tão desafiador. É compreensível, a atitude de desprezo pelo tema ou de crítica acirrada e agressiva é pertinente a um determinado estágio de nossa história evolutiva e se repete a cada ciclo no exato momento onde estamos prestes a dar um salto quântico e passarmos para um patamar mais elevado de consciência.

Nossa história está repleta de temas que foram tabu durante muito tempo e que depois foram necessariamente assimilados por toda a sociedade, uma vez que diante da natureza e da força de suas manifestações teremos que nos curvar em um dado momento. Seres mais evoluídos estão chegando em número cada vez maior, eles são seres imbuídos de um nível de consciência mais expandido, de uma espiritualidade mais acentuada, de dons e talentos mais desenvolvidos, são amorosos, inquietos por natureza, são rompedores de sistemas, vieram para isso, questionar, romper padrões estabelecidos, perguntar o porquê de tudo, olhar bem no fundo dos olhos e dizer com absoluta sinceridade, a verdade, simplesmente a verdade que eles captam com todos os seus sentidos bem ativados. Eles são altamente intuitivos e telepáticos, têm uma profunda noção de que vieram cumprir uma missão importante aqui, mas não suportam ser controlados, dominados, detestam receber ordens, não aceitam o não sem argumentação inteligente, sábia e razoável. Eles têm boa índole, são carinhosos, muito inteligentes intelectualmente e espiritualmente. São muito, muito sensíveis, espiritualistas, respeitando todas as crenças e religiões.
Muita confusão tem sido feita com diferentes distúrbios e déficits, o que é lamentável, pois tratar os índigos equivocadamente com remédios como a Ritalina (metilfenidato) e anti-depressivos, pode simplesmente matar seus maiores dons, afetando todos o seu campo energético, inibindo e atrofiando certos potenciais, sufocando sua criatividade, vale dizer sua alma e domesticando seus sentidos e seu corpo. Temos uma imensa responsabilidade diante destas novas gerações que precisam fundamentalmente que sejamos todos cientistas de uma nova época, com espíritos aberto seja como pais, como educadores ou como governantes no sentido de nos dedicarmos a conhecer e pesquisar mais e mais sobre o tema visando produzir de fato conhecimento e sabedoria que possa ser aplicada para receber adequadamente essas gerações, apoiar e facilitar seu desenvolvimento e favorecer a manifestação dos potenciais maravilhosos que nos trazem. Temos muito que aprender com eles. Eles não são seres melhores ou superiores a ninguém, também não são erros da natureza, são apenas diferentes. E suas características diferentes têm uma razão de ser: cumprir uma missão específica, romper padrões, rever valores e crenças caducos e impeditivos de uma evolução e ativar a mudança necessária para criarmos um mundo mais justo, amoroso e pacífico.
Se esta é a missão como poderiam vir seres com características que não estas que estamos vendo? Já ouvi comentários de pessoas que soaram quase como um alerta para mim: olhe bem, existem índigos que vem com aparência de índigos, mas que não são índigos! Bem, então eu respondo, sim isso é perfeitamente possível, uma vez que todos nós fazemos parte de um processo evolutivo bem dinâmico e rico, devemos portanto estarmos atentos e abertos a identificar estas diferenças e a lidarmos com elas. Porém eu também aproveito para enfatizar que estes seres referidos têm algumas características semelhantes aos índigos e não são índigos, então que fique claro: eles não são índigos! São seres humanos que possuem diferenças bem significativas, passíveis de identificação pelos que estudam o tema e se dedicam a pesquisa com seriedade, com espírito científico verdadeiro e, portanto, de forma ética acima de tudo.
Por que estamos em meio a uma etapa crítica de nossa evolução é que tantas pessoas resistem ao novo, pois já estão sendo sacudidas por suficientes mudanças e exigências, e não conseguem assimilar mais novidades. Estas pessoas e grupos já guardam suficientes marcas de sofrimentos, de dores em sua trajetória. Por isso estão traumatizadas pelo fantasma do medo e querem afastar tudo que sugira abalar algumas poucas certezas que ainda lhes restam.
Mas, é pelo mesmo motivo que uma outra parcela cada vez mais numerosa da população da Terra, ao mesmo tempo que reconhece a eficácia e a performance da ciência se recusa a reduzir a ela sua visão de mundo. Ricardo Semler, um adulto índigo, ou se quisermos, apenas um adulto representante destas novas gerações de consciência expandida, tem mostrado de forma ímpar ao mundo, a que vieram estas gerações. Ele afirma o seguinte, em seu livro “Você está louco”: a vida que já vivi me levou a constatar que as respostas-padrão servem à manutenção da ordem existente. Servem para criar a sensação de controle, de ordem, de disciplina. São como as senhas, como o ato de fazer crianças decorarem tabelas periódicas e outras informações que nunca usarão. E são esses mecanismos antropológicos de conservação que impedem a mudança acelerada da sociedade.
Provavelmente uma boa coisa, já que as pessoas lidam mal com o excesso de novidades. A velocidade de assimilação não se compara com a do avanço da tecnologia. E esse descompasso gera o mal estar – lembra um ditado árabe que a alma viaja a camelo. Ou seja, não adianta correr com a tecnologia, os humanos demoram mesmo para acompanhar.
Vivemos em um mundo predominantemente de terceira dimensão onde prevalece a polaridade bem e mal, certo e errado, dia e noite, claro e escuro... Estamos evoluindo para a quarta dimensão onde com a consciência expandida nos levará a perceber esta realidade de outra forma, com mais distanciamento assim como acessaremos outros níveis de realidade existentes e possíveis e, seremos capazes de unificar, de reunir aquilo que nesta dimensão temos necessidade de separar para tentar explicar e compreender. Somos humanos, temos limitações, somos passíveis de erros porém não devemos persistir em alguns erros que nossa história já nos mostrou serem deveras perigosos a nossa sobrevivência.

Portanto cuidemos de nossas novas gerações, com todo o respeito, com o amor que eles merecem.
Questionar e perguntar-se sempre, mas ignorar, recusar-se a ver, a encarar de frente, a se dispor a aprender é um erro fatal, não apenas para uns, mas para todos nós.

As novas gerações, não importando com que nome vamos nos referir a elas, são o potencial que ansiamos para criar o céu na terra, um mundo de paz e harmonia. Não desperdicemos essa verdadeira dádiva que nos está sendo proporcionada pela vida e por seus mistérios, os quais continuarão sendo mistérios até que provem o contrário...


Ingrid Cañete

http://www.ingridcanete.com.br/pt/

terça-feira, 22 de março de 2011

viver




Quantas vezes podemos nos pegar pensando nas coisas corriqueiras da vida, sobre relações afetivas, decisões a tomar, frustrações, momentos de muita vergonha, anseios profissionais e expectativas para o futuro? Assim como também relembrar de algumas marcas fortes dentro de nossa alma que nos faz sentir uma saudade enorme, seja de antigos relacionamentos, amigos ou parentes que nos deixaram, e também buscar em nossa memória situações que vivenciamos intensa alegria, tidos como dias inesquecíveis.

Se um dia nos pegarmos nesses momentos, é bem interessante pararmos para observar uma coisa surpreendente que está acontecendo conosco: “Somos uma coisa que pensa!”

Óh sim, uma coisa que pensa! Que algo tão maravilhoso é poder pensar, poder duvidar, questionar, planejar, negar e afirmar. Sim! O pensar é uma ação que afirma nossa existência como sujeito individual, como já foi dito por um tal de Descartes.

Somos então uma existência que afirma a vida, somos lançados ao mundo como seres finitos e temporais, e por sermos algo vivo estamos sujeitos ao movimento.

Sim! Ao movimento! Que constatação sensacional! Somos seres que vivenciamos um feixe de possibilidades, uma maravilhosa riqueza de opções, uma exuberância na variedade e na fartura de sermos uma existência.

E diante desta afirmação, podemos então perceber que a existência é magnífica, não apenas ser um mesmo modelo para o resto da vida, estando preso a idéias, valores, relacionamento, tipos, situações, mas poder vivenciar, POIS VIVENCIAR É MUDAR, se lançar em novos objetivos, permitir conhecer coisas novas, fazer coisas diferentes, poder fazer cinco anos uma faculdade de direito e quando for se formar largar tudo para ser um garçom num boteco de uma praia. Ou ser um evangélico a vida toda, e nos últimos dias de sua vida poder fazer uma tatuagem de uma garrafa de Vodka, uma mulher pelada e uma frase "FUCK YOU" no meio das costas. Não é SURPREENDENTE como podemos mudar as coisas em nossa volta e em nós mesmos?
Podemos sempre nos lançar a novos desafios, isso não é Maravilhoso?

Um discípulo Zen uma vez perguntou ao seu mestre qual era o melhor caminho para se livrar do Sansara, a roda vida, do Karma, das reencarnações, e o mestre volta para ele, e simplesmente pergunta, “mas quem te colocou neste cativeiro”?

Somos livres para sermos livres a hora que quisermos, para existirmos, nos divertir, sorrir, se emocionar, chorar, abraçar, descobrir, perdoar, amar e ser feliz. Mesmo aquele apego mais forte que temos dentro de nós de uma paixão e/ou amor intenso já vivenciado com alguém, mas que a vida desfez isso, nós PODEMOS nos libertar! A qualquer hora, pois Há vida dentro da gente querendo viver, querendo mudar, vivenciar novas formas de se apaixonar, amar, conhecer...

O mundo se movimenta, e nós nos movimentamos com ele e por nós mesmo, mas o que nos faz nos movimentar? Se movimento é vida, o que nos faz viver? Não é difícil perceber que sem a respiração não poderíamos viver, quando respiramos temos animo, despertando para o mundo. Para os antigos Latinos, a palavra respiração é espírito e animo é alma. Então somos movidos por um espírito que nos preenche de alma, ou uma respiração que nos preenche de animo, essa respiração nos liga com o mundo em movimento. Aqueles que perdem a sintonia com esse movimento precisam apenas se re-ligar a está constatação divina.

Um mestre taoísta, Chuang Tzu certa vez disse: “Você nasceu: que esforço você fez para nascer? Você cresce: que esforço terá feito para crescer? Você respira: que esforço faz para respirar? Tudo se move por conta própria, por que então preocupar-se?...”

Somente temos a obrigação nessa vida de se divertir, viver e ser feliz, sem se preocupar com os novos desafios que a vida ira nos dar. E como somos finitos no tempo temos ainda a imensurável beleza de que a morte pode acontecer a qualquer momento, recheando-nos com mais emoções, sensações de medo, “frio na barriga”, sensações de “perder o fôlego”. Ah! como a vida é extraordinária!
Mesmo diante dos momentos mais difíceis da nossa vida, quando estamos lá em baixo, perdendo totalmente o sentido das coisas, a vida ainda nos dá o direto de tirarmos a nossa própria vida, na hora que quisermos numa extrema liberdade!(sorrisos) Mas mesmo assim nesses momentos podemos fechar nossos olhos e encher nossos pulmões de ar energizando nosso corpo, onde um calor nos esquenta, e junto uma luz se ascende em nosso coração, o animo, a alma se manifestando dentro de nós, e quando soltamos o ar, ele leva embora todas as nossas tristezas, medos e ressentimentos, nos limpando para a próxima respiração, para o próximo desafio, para nos deixar leve, para nos libertar de qualquer peso que esteja em nossas costas, impedindo de sermos felizes, e se surgirem vozes em nossa cabeça dizendo que “não podemos, não devemos”, nos libertamos delas também, sem se preocupar e se perguntar se elas são do pai, professor, mestre ou um pastor qualquer, nos libertar para sermos Felizes.

E quando novamente puxamos o ar, sentindo o calor dentro de nós, e olhamos para nossa luz interna passamos a perceber que somos criaturas divinas, a manifestação em movimento de Deus. E essa luz que há em nós, aumenta com tamanha intensidade, fazendo subir um fervoroso êxtase nos dando um imenso estado de plena graça. Ai que nos entregamos e permitimos que esta luz de puro amor que há dentro de nós, passe a nos ILUMINAR!

Beijos, Abraços e Sorrisos


Leandro C. Alves

quinta-feira, 10 de março de 2011

Era uma vez







Era uma vez um lugar chamado escola.
Neste lugar, havia um problema pequeno, bem pequeno.
Os professores pensavam que sua função era apenas passar informação é esta em nada tinha a ver com educar alguém ou se relacionar. Apesar de que, logicamente, por afinidades sempre acaba acontecendo.
Neste lugar, chamado escola os anos se passaram e as coisas começaram a ficar confusas para esses professores.
Não conseguiam fazer o simples, passar informação.
Não perceberam que naquele local houve algo, uma mudança.
Que mudaria toda sua história e sua função.
Essa mudança se deu silenciosa começou devagar e tomou proporções alarmantes para uma escola.
Essa mudança começou fora dela e acabou entrando nela, talvez por isso muitos não perceberam
No mundo fora da escola o tempo se passou mais rápido.
E os Homens seres que passaram pela escola inventaram máquinas, muitas máquinas de diferentes formas.
Essas maquinas e sistemas de informação trazem em um segundo toda informação.
Essa rapidez assustou a escola, pois esta acreditava que a informação deveria ser como que “mastigada e depois engolida” e essas máquinas trazem informação de uma forma que para eles é fria.
Muitos professores nem chegam perto dessas máquinas de informação.
E a informação ficou sem a necessidade de ter um professor, pois a informação pode ser dada de forma fria e imparcial, usando uma máquina.
Os professores agora assustados correm de um lado para o outro sem saber como fazer, neste lugar chamado escola.
As crianças, por sua vez ,não querem receber aquela informação passada pelo professor, sentem até que nem precisam mais dela. Amam as máquinas.
Ao mesmo tempo em que mostram que nem tudo este perdido, que há muito que fazer naquele lugar.
Mostram, todos os dias, que é preciso mudar os rumos da instituição escola.
Que a comunicação efetiva só acontece se antes houver uma relação, coisa que antes nunca precisou.
Os alunos apontam , gritam , fazem muita bagunça.
Mostrando que não querem mais aquilo, que tudo pode ser diferente.
Podem juntos com seus professores fazer o que essas máquinas não podem fazer.
Podem brincar, podem criar situações de diversas formas, onde todos são alunos e professores ao mesmo tempo.
Que nesta relação pode ocorrer um algo novo e todos apreendem ,sem planos, sem tabelas ou cálculos pré estipulados.
Um aprendizado dinâmico que nasce de uma relação de afeto consciente, onde o professor se torna um mestre, não na arte de passar informação, mestres na arte de se relacionar, abrindo de vez aquela asa da coruja, lembram dela ?
A coruja é um símbolo que representa a profissão professor.
Abrir suas asas e voar para o novo.
O novo aluno e a nova escola.
Onde a informação é uma outra história.


Ivone

terça-feira, 8 de março de 2011

O Poder da Educação

No século VII a.C. viveu em Esparta um legislador chamado Licurgo.

Conta-se que o Licurgo foi convidado a proferir uma palestra a respeito da educação. Aceitou o convite e pediu o prazo de seis meses para se preparar. Esse pedido causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema.

Passado os seis meses, Licurgo compareceu perante o povo em expectativa. Postou-se à tribuna e logo em seguida entraram dois criados, cada qual portando duas gaiolas. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães. A um sinal previamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das gaiolas e a pequena lebre, branca, saiu a correr espantada. Logo em seguida o outro criado abriu a gaiola em que estava o cão e este saiu na correria atrás da lebre. Alcançou-a com destreza, á matou rapidamente.

A cena chocou a todos. Um grande silêncio tomou conta da assembléia e os corações pareciam saltar do peito. Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão.

Licurgo nada falou. Tornou a repetir o sinal e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão. O povo mal continha a respiração. Alguns, mais sensíveis, levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco. No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de mordê-la, bateu-lhe com a pata e ela caiu. Logo a lebre ergueu-se e se pôs a brincar com o cão. Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranqüila convivência, saltitando de um lado a outro do palco.

Então, Licurgo falou:

- Povo de Esparta. O que acabais de assistir é uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim, igualmente, os cães. A diferença entre os primeiros e os segundos é, simplesmente, a educação. E prosseguiu vivamente o seu discurso, dizendo das excelências do processo educativo:

- A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo. Eduquemos nossos filhos, esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos aos seus corações, ensinemos a eles a despojarem-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores. Percebe-se, portanto, que a educação não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim de se trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam.

O verbo EDUCAR é originário do latim “educare” (ou “educcere”), e quer dizer “extrair”, “sacar fora”.

Bibliografia

O Poder da Educação por Don Taborda