sexta-feira, 23 de março de 2012

Golfinhos e sardinhas


Nesse jogo todos têm a oportunidade de exercer o poder pessoal e grupal sobre a vivência que estão compartilhando. É um pega-pega muito parecido com os vários já conhecidos, senão por uma pequena mudança capaz de promover grandes transformações. A brincadeira propõe o exercício do livre-arbítrio, da tomada de decisão, da iniciativa para correr riscos e da aventura de compartilhar a liberdade.
OBJETIVOS — Pegar e escapar. Salvar quem foi pego, ou não. Decidir continuar o jogo ou terminar com ele.
PARTICIPAÇÃO — Um grande grupo. Crianças a partir de 7 anos.
ESPAÇO — Lugar amplo, dividido por uma linha central.
COMO SE FAZ — O jogo se baseia no pega-corrente. Todos os participantes, menos um, ficam agrupados numa das extremidades do espaço. Esse é o “cardume de sardinhas”. Aquele que está separado das sardinhas é o “golfinho” e ficará sobre uma linha demarcada bem no centro do “oceano”, que é o espaço do jogo. O golfinho só pode se mover para os lados, e sobre essa linha. As sardinhas têm que passar para o outro lado do oceano (linha central) sem serem pegas pelo golfinho. Este tem que pegar o maior número possível de sardinhas, bastando tocá-las com a mão. Toda sardinha pega transforma-se em golfinho e fica junto
com os demais golfinhos sobre a linha central. Lado a lado e de mãos dadas, vão formando uma corrente de golfinhos. Somente quem está nas extremidades da corrente pode pegar. O jogo prossegue assim até que a corrente de golfinhos ocupe toda a
Jogos  O jogo prossegue assim até que a corrente de golfinhos ocupe toda a  linha central. Quando isso acontecer, a corrente poderá sair da linha e se deslocar por todo o oceano para pescar as sardinhas.
Quando a quantidade de golfinhos na corrente for maior que a de sardinhas restantes, as sardinhas poderão salvar os golfinhos que desejarem ser salvos. Como? Basta a sardinha passar por entre as pernas do golfinho que ele se solta da corrente e vira sardinha de novo.
VARIAÇÃO — Formar mais que uma corrente de golfinhos. Experimente, também, diferentes formas para salvar os golfinhos: coçar a cabeça dele, dar um abraço etc.
DICAS — Observar o cuidado com a integridade física uns dos outros, particularmente quando as sardinhas tentam passar pelo meio da corrente de golfinhos. Os participantes devem descobrir formas saudáveis para jogar. Decidir salvar um golfinho é uma aventura de confiança. Estimular o exercício da solidariedade,
da cumplicidade e do altruísmo nos jogos ajuda a viver essas e outras competências cooperativas em outros “oceanos” da vida.


Diskin, Lia
Paz, como se faz?: semeando cultura de paz nas escolas / Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman — Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro, UNESCO, Associação Palas Athena, 2002.95p.






Ivone Gonçalves


A paz com a natureza



De atividade em atividade com atenção e muita conversa,  vamos  recriando um novo modelo de relação aluno/professor , aluno/aluno , diminuindo a violência entre essas relações , aumentando laços e o mais importante criando ha consciência do que é  pedagogia ecologia .


                             " A natureza é uma expressão da energia universal. Como seres humanos somos parte dela ao mesmo tempo em que ela é parte de nós. Em outras palavras, integramos a natureza ao mesmo tempo que ela nos integra. "

Weil, Pierre  A arte de viver em paz: por uma nova consciência, por uma nova educação/ Pierre Weil; tradutores Helena Roriz Taveira, Helio Macedo da Silva - Sâo paulo : Editora Gente, ( 1° edição)


Neste trabalho usando material " descartável" criamos cartazes de ambientes,  reconstruindo o mundo.
Da mesma maneira que da anteriormente dispus na sala alguns materiais como: filtro de papel de café já usado, parte interna de rolo de papel higiênico, bandeja de ovos, e folhas secas, outros materiais os alunos buscaram no chão do páteo da escola.













Ivone Gonçalves



domingo, 11 de março de 2012

Pedagogia da alma




Na pedagogia da alma há palavra, linguagem ou expressão caminha firme de braços dados com a sensação.
A intenção de uma palavra ou frase é transparente despindo-se completamente dos jogos verbais.
Uma nova linguagem, pautada na verdade da alma, onde a grosseria deixa seu lugar para o respeito entrar.
Na grosseira temos discursos, onde o discursando só vê a si mesmo.
No respeito encontramos o silêncio que observa e não sente raiva, simplesmente compreende.
Na pedagogia da alma encontramos caminhos da completude e na conversa alimento.
Não requer esforço, nem sabedoria.
Requer intenção, integridade.
Requer olhar para si como um aprendiz.
Requer apenas sentir, e não querer ser, e no pior das hipóteses querer estar certo.
Na pedagogia a alma encontra com seu professor a palavra proferida. Os dois juntos caminham livres para fora de um sistema de regras que limitou a própria linguagem como expressão de alma.
Na pedagogia da alma sentimo-nos humanos ( Hum mano) .
Ivone Gonçalves

sexta-feira, 9 de março de 2012

A arte de viver em paz com a natureza


A pedagogia ecológica pretende  sensibilizar o homem para o fato de que não há fronteiras reais entre sua natureza e a do universo. É a mesma energia em formas distintas.
Quando a humanidade se der conta desse fato, ela se empenhará na preservação do meio ambiente. Pois perceberá que, se não o fizer, estará matando os próprios descendentes, meninos e meninas que não suportarão a atmosfera poluída, rios e lagos oceanos mortos.

Trechos do livro A arte de viver em paz – Pierre Weil


No seminário com o mesmo nome do livro, promovidos pela  querida Lidya Rebouças,  há dinâmica que mais mexeu comigo foi: Pegamos algo da natureza no jardim, em seguida em duplas, passamos ao colega a história daquela semente, galho ou pedra que trouxemos para a experiência, neste momento,   pude perceber o quão estou integrada a tudo que existe, e  quanto cada coisa faz parte desta complexidade  e do mistério que nos envolve. E com a mesma intenção de proporcionar uma reflexão, aumento da percepção e a importância da vida  e da natureza, fiz a mesma dinâmica com os alunos do 6 ° ano. E a  resposta, como sempre, surpreendente.




Eu sou uma planta muito legal , mais tive muita dificuldade porque me arrancaram o galho, já me chutaram.já me pisaram, eles não sabem como doí . Isso me deixa muito chateado,mais um dia pegarão e cuidarão de mim, por isso estou agradecido agora  as pessoas que cuidaram de mim
Jardel Cardos da Silva  6  ano turma B

Eu uma plantinha muito bonitinha venho da natureza.
Eu nasci no jardim de um escola, todos passavam por mim e não me viam até que uma menina me salvou de muitos riscos , por exemplo: de morrer, apodrecer e etc..
Sou muito importante porque gero oxigênio para os humanos.
Eloiza Coutinho Bispo dos Santos 6 ano turma A


Eu uma jabuticaba, roxinha quase estragando, estava lá no caminho , abandonada sozinha.
Quando uma menina de cabelos pretos compridos, me pegou com muito cuidado e carinho, me levou para sala de aula aonde havia aula de ciências . E assim eu fui salvada por uma menina....Que me tirou de muitos riscos como: ser pisada, apodrecer e muito mais
Estefany  6 ° ano turma A


Era uma vez um graveto chamada Larissa , eu nasci em uma grande adorável arvore .
Para mim nascer precisei de um grão para nascer.
Eu precisei de água e um pouco de carinho e amor.
Eu adoro ser um graveto tem muitas flores grudadas em mim. 
Eu sou molhada todos os dias pelas pessoas, é muito legal ser um graveto.

Larissa 6° ano turma A



Sou uma folha cresci em uma arvore de acerola não gosto quando arrancam uma de nós acerolas.
Eu sirvo de guarda-chuva  para os insetos mais a gente não dura para sempre , nos murchamos, caímos e o vento nos leva, dependemos da chuva  para sobreviver, num dia de calor nossa sombra refresca a minha vida é assim....
Kleverson das Chagas Silva  6° ano turma A



São alguns que separei para apreciação de todos .
Depois dizem que educação não tem jeito e é difícil ensinar, ( risos)


Ivone Gonçalves 








Expressando sua paz


Num esforço de viver a paz que desejo ao mundo, criar a consciência de um mundo melhor, faço de minhas aulas uma eterna busca dentro e fora de mim.
Então, ofereci aos alunos do 6 °ano um vídeo que particularmente amo muito.






Depois de vermos o vídeo, pedi que tivessem contato com seu coração e neste contato expressassem sua paz em folha de sulfite.
E assim montamos um pequeno painel no fundo da sala.



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Ivone Gonçalves e a vida continua