segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A Origem




Creio que muitos devem estar se perguntando.
O que as mandalas têm a ver com as aulas de ciência? Por isso, agora faço uma curva para explicar a origem.
Em março de 2011 comecei meu curso Pós-Graduação em Transdiciplinaridade em Educação, Saúde, Liderança e Cultura de Paz, na UNIPAZ-SP, meu primeiro e profundo seminário foi A ARTE DE VIVER  EM PAZ com Ligia Rebouças, dentre algumas dinâmicas e conversas, senti-me tocada profundamente.
Uma vontade de viver um estado de inteireza de estar plena e integrada ao todo, também aceitei dentro de mim um grande desafio, decodificar para os alunos tudo que estou amorosamente recebendo e que definitivamente tem me transformado em um ser humano melhor.
Percebi que a arte de ensinar consiste em estar presente em um estado de alerta, e atenta ao que é mais importante no momento, ou ao que precede o momento, sentir a energia que flui das pessoas que estão presentes na aula, se esta receptiva, se tem resistências e caminhar observando e agindo dentro dessas energias.
Estar presente, penso que foi a mais significativa transformação que percebi em mim.
Quando não estamos presentes em qualquer que sejam nossas atividades, seja ele um simples banho, lavar louças ou dar aulas como é meu caso, estamos em um estado não consciente, ou zumbi.
Em qualquer tarefa esse aspecto acaba acarretando danos que podem ser físicos ou psicológicos, tanto a nós mesmos como a outrem.
Este aprendizado já faz parte de outro seminário de vital importância A ARTE DE VIVER A PLENITUDE  com Dalila Lubiana e A ARTE DE VIVER CONSCIENTE com Elizabeth Richard.
Estar plena é estar consciente da sua importância e da importância do outro na relação, seja ela profissional ou não, amistosa ou não.
No seminário do O Feminino e a Cura com Dr. Eliezer Berenstein, pude compreender com profundidade o sagrado feminino que me valeu além de uma pesquisa buscar caminhos da autocura.
Deste seminário eu montei slides, onde convido os alunos a compartilharem dessa idéia, e o resto e com eles, pois, cada um é dono de sua historia, neste contexto meu trabalho  consiste em apresentar o assunto. Assim como quando o assunto me foi apresentado, senti-me tocada de tal forma que fui buscar mais e mais. Permito ao aluno o mesmo, apresentando o assunto, abrindo para um dialogo aberto e franco e o resto é com ele.
Menores ou não, são donos de sua historia e se tem outra coisa que não faço é empurrar minhas verdades goela abaixo.
Penso que caminho para dentro e para fora de mim assim como ofereço isto aos alunos.
As mandalas chegaram com a Dulce Magalhães no encontro com o Roberto Crema o reitor da Universidade,  em Re-visões do Humano e do Mundo, um seminário.
Ao lado dela, no palco, contemplando as informações de Roberto Crema observei a mesma confeccionando mandalas.
Fiquei apaixonada pela arte de  fazer mandalas.
Comecei por conta própria um álbum, pude observar que junto ao meu crescimento interior que minhas mandalas também vão se transformando.
No seminário, Filosofando sobre as muitas visões de mundo, com a própria, pude mostrar meu álbum e ter um dedinho de prosa.
Soube que cada mandala equivale a mil livros,  e é uma arte do inconsciente, que ao ser colocado para fora é consequentemente curado.
Neste ano, quis experenciar com os alunos a conhecer-se por dentro, proporcionar a oportunidade da ecologia interior e  caminharmos para ecologia social que é minha meta para o ensino de ciências deste este ano de 2012.
Quando solicito ao aluno fazer mandalas, trago-lhe uma oportunidade de aprender a se focar, abrir seus canais de criatividade e além disso, trazer seu inconsciente para fora se curando sem necessariamente saber do que se trata.
Faremos muitas mandalas durante o ano, porque isto não ocorre apenas fazendo uma, é preciso fazer varias.
Ainda estou no começo desse audacioso trabalho.                                Na experiência com as mandalas houve grande aceitação e motivação, há muita alegria em fazer, mesmo para os mais dispersos.
Tem meninas que já compraram um caderno ou uma pasta para fazer um álbum, pois, conto minha historia com a mandalas e mostro meu álbum de longe, para evitar à tendência à cópia. Fiquei surpresa quando soube, por elas, que estavam motivadas em continuar fazendo mandalas, teve uma das alunas que disse que em sua casa todos fazem inclusive o pai. Isto de fato não tem preço, ser professora é algo singular, único e exclusivo.


 Ivone Gonçalves 






sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mais mandalas











Como é possível avaliar tamanha grandeza, qualquer avaliação neste contexto é ignorância brutal.

Ivone Gonçalves 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As mandalas





Como sou ousada, este ano, mais uma vez, estou me reinventando.
Comecei com construção de mandalas,  com a intenção de ativar  a criatividade, coisa que normalmente não acontece na escola.
Ousadamente sem muitas explicações teóricas, nem filosóficas e muito carinho solicitei aos alunos que entrassem em contato com seu coração e fizessem uma madala, que é um desenho partindo do centro para a fora, pedi que fizessem com calma curtindo cada parte de seu desenho, disponibilizei minhas canetinhas e alguns lápis de cor, setaram em bancadas,  como uma grande mesa cooperativa.



Mostrei algumas madalas que faço, pois, nestes tempos, vivenciei esta maravilha que é a construção de mandalas.
Andei me intuindo que antes de partir para a construção dos Mapas Conceituais, que é meu objetivo, poderia utilizar dessa grande ferramenta como abertura da criatividade e foco, e experimentalmente lá fui eu na primeira , segunda e enfim todas as salas.
A cada sala uma grande surpresa, houve colaboração, aceitação e desenvoltura na construção.
Tiveram muito mais facilidade que uma professora amiga minha que também resolveu fazer.
Veja,  como nós ainda estamos longe de compreender o campo de possibilidades que as crianças tem.






Conversando com um aluno que me pergunta: Minha mandala tá estranha, feia ? respondo. Não, esta linda, não tem bonita nem feia todas são lindas. 
Ele: Todo professor tem essa mania de falar que tudo esta lindo quando não é bem assim , porquê vocês não podem ser mais sinceros. Me responda de verdade, ninha mandala está estranha ?
Eu: Sim,esta mesmo, mas isso não significa que é feia, e você pode melhorar com o lápis de cor.
Ele: Obrigada , agora sim.


É uma dadiva poder participar de tudo isso na vida de uma criança, seja ela pequena ou adolescente.


Ivone Gonçalves





Inicio do ano.



Rampa de acesso a escola em reforma.





Reunião de planejamento





Primeiro dia com os alunos. 
Todos os anos sempre tenho dúvidas de como iniciar. Qual seria uma boa dinâmica?Neste ano eu peguei três salas de 5° séries, duas salas de 6° séries, sexto e sétimo ano, nesta nova modelagem escolar, sendo assim, os alunos são novos para mim, porém já se conhecem entre si. 
Optei por um autorretrato onde após um desenho de si mesmo o aluno vem à frente e explica o que desenhou, ou seja, apresenta-se.A intenção é mais descontração do que apresentação.