quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A historia historia do Beleleu !


Uma vez dando aula para um segundo ano do Ensino Médio, toda animada, explicando como construir um mapa conceitual, repetindo a informação observando se todos entenderam, um aluno atravessa a sala em diagonal e vai até a porta falar com outro aluno que apareceu na porta semi-aberta.
Este meu aluno tranquilamente convidou o outro para entrar e ficou ali próximos a porta no lado interno conversando, até aí tudo bem. Só que eu estava explicando, olhei todo aquele movimento. E não me fiz de rogada soltei minhas pérolas. “O meu você é Beleleu da cabeça ? não esta vendo que estou explicando? O aluno olhou soltou um sorriso e disse: Já estou indo professora”.
Eu repeti. Você é beleleu?
Beleleu na verdade era uma expressão que eu usei porque e não podia xingar por estar na escola, então, inventei o Beleleu. A sala toda ria, começaram a chamá-lo de Beleleu, toda aula depois desta os alunos vinham e contavam a história do Beleleu. E diziam tem mais Beleleu na classe... professora.
Moral da história
Quando senti interrompida falei e não havia na essência da fala nenhum rancor ou ressentimento nem do passado nem do futuro somente uma necessidade de chamar atenção pelo incômodo causado na minha aula.
Isso não o incomodou. Não se sentiu ferido ou excluído. Conseguiu levar no humor, aliás, a sala inteira gostou. O Beleleu começou fazer parte do vocabulário da sala. A educação é assim cheia de surpresas hoje estou com saudades do Beleleu.

Extraído do livro Dimensão da Comunicação vol 1
Huliel

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