terça-feira, 11 de outubro de 2011

Acorda escola










Professor, aprenda com o fracassado Jobs
Como estamos na semana em que se comemora o Dia do Professor, vale a pena refletir sobre as lições do mais famoso péssimo aluno dos últimos tempos: Steve Jobs. Todos falam agora do seu sucesso, poucos da sua vida fracassada como estudante (coloquei os detalhes no www.catracalivre.com.br).
Quase todos os professores diriam que aquele aluno não daria para nada, tamanho seu desinteresse pela escola. Por que ele então não fracassou?
Ele tinha horror a sala de aula. Não conseguiu ficar nem seis meses na faculdade. Fez apenas um curso de caligrafia. Era envolvido (e muito) com drogas. Colegas dizem que, como dormia no chão e não tinha o hábito de trocar de roupa ou tomar banho, ele exalava nos dias quentes um insuportável odor. Dizem até que ele via, naqueles tempos, um efeito terapêutico em não tomar muito banho.
Jobs não fracassou porque, além de ser inteligente e intuitivo, tinha uma magnífica escola. E era fora da escola. Foi criado na região do Vale do Silício, na Califórnia, um dos centros mais criativos do mundo em ciência e tecnologia, aproveitando as chances que lhe apareciam e o encantaram no mundo da computação.
O exemplo de Jobs tem uma série de lições pedagógicas, além da importância de saber perceber que um aluno aparentemente imprestável pode ser um notável talento. Mais importante: o processo educativo vai muito além de sala de aula, englobando as experiências que são ofertadas para estimular a descoberta de habilidades.
Na era da informação, com tantas mudanças na forma de transmitir conhecimento, a escola concentrada apenas na sala de aula e no professor está condenada ao fracasso. Melhorar o professor é fundamental, mas não basta.
É preciso ver toda a cidade --e o mundo-- como um espaço educativo, num jogo de encontros coordenado pelos professores.


Ivone Gonçalves

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