terça-feira, 17 de agosto de 2010

Informação ativa




Informação ativa é informação útil, ou seja, utilizável na vida da pessoa como quando se lê uma receita e imediatamente sente vontade de fazer aquela comida. Logicamente que nem tudo é comida e nem toda informação deve ativar nosso estômago, ver fotos e imaginar também nos remete a este modelo de informação.
A imaginação é o alimento da alma e é semente da informação ativa.
Nossos sábios escritores de histórias sabem muito bem utilizar de forma ativa toda informação contida em seus livros.
Mesmo sendo professora de Biologia que naturalmente é uma disciplina interessante, encontro textos sem significado algum, onde o leitor nem sequer é desafiado a usar sua imaginação.
Apenas deve saber, sem saber por que ou para que.
Se tirássemos da escola toda informação não ativa, ficaríamos com 10%, ou seja, aquela que desperta interesse.
Matemática é a área mais afetada. Até hoje se ensina fórmulas e fórmulas que não se utilizam para nada, além dos muros da escola.
Saber por saber e nada, além disso.
De que vale saber algo que não se utiliza?
É como ter uma agenda de telefone cheia números que perderam a validade.
Na informação ativa lemos sem ter uma pessoa nos obrigando, ou cobrando algo.
É um prazeroso passeio na arte de imaginar, criar, construir, sentir e pensar.
Passando pelo “quesito” respeito ao leitor onde os textos são claros, diretos e dinâmicos e tem como principal objetivo estimular.
Quando um texto necessita que alguém o explique nitidamente a algo errado com o texto, e não com quem o lê.
Veja, se alguém tem insegurança com sua interpretação, ou insegurança com sua lógica, mais lógica ou mais interpretação só faz aumentar ainda mais a insegurança e não saná-la.
Faz-se necessária esta revisão maciça dos textos usados na escola.
Estimular uma criança em uma área de raciocínio onde anteriormente apresentou insegurança é um trabalho delicado, corremos muito mais riscos em intensificar a insegurança do que aumentar a segurança.
É na certeza interna que faz cada um caminhar seguro em si mesmo.
Enquanto caminhamos aumentando as tarefas para “minimizar” nada estaremos fazendo. Por isso nosso fracasso é constante.
Toda criança deve ser estimulada em sua segurança sua forma de ver e sentir o mundo, todos os textos e movimentos escolares devem caminhar neste único objetivo a segurança interna.
A partir daí teremos escolas reais para um mundo real, onde sonhos não são apenas sonhos e sim maneiras de objetivar o futuro.

Extraído da série " Dimensão da Comunicação" vol.2

Huliel

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