segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Agentes de mudança






Quando eu dava aulas sobre resolução de conflitos para as crianças de um infantário numa escola de Wisconsin, fiz a seguinte pergunta: “Meninos e meninas, na vossa opinião o que é a violência?” Uma formosa menina com estrelas brilhando nos olhos, respondeu: “Isto é fácil, são belas flores de cor violeta: eu sinto o seu aroma todos os dias e elas fazem-me muito feliz.” A minha alma inundou-se de amor e paz. A sua energia irradiava sabedoria e fortaleza. Eu respondi: “Continua a cheirar as tuas flores, pequena. Tu já conheces o significado da paz. Pergunto-me se gostarias de falar para este grupo sobre o amor. Podemos fazê-lo juntos, como amigos”. A menina sorriu e tomou-me pela mão. Ela era uma dádiva.
As novas Crianças Índigo, que eu gosto de chamar “Os pequenos”, vieram dar um novo entendimento à Humanidade. Elas são uma oferta para os seus pais, para o planeta e para o universo. Quando honramos os pequenos como sendo uma dádiva, podemos ver a divina sabedoria que eles oferecem para ajudar a elevar a vibração do planeta terra.
O passo mais importante para entender e comunicar com as novas crianças é mudar a nossa forma de pensar sobre eles. Mudando o seu paradigma e honrando ao Pequenos como dádivas, em lugar de pensar que são um problema, você abrirá as portas do entendimento, compreenderá a sabedoria que elas trazem e aprenderá a conhecer-se a si próprio. Os Pequenos honrarão o seu esforço e abrirão as suas portas para um entendimento mútuo. Cada criança que entre na sua vida vem receber algo da sua parte e, por sua vez, eles também lhe oferecerão a sua dádiva: a de experimentar e sentir Quem é você.

Vivendo instintivamente

Ao ter que trabalhar com crianças em um infantário , notei que os mais pequenos tendem a compreender melhor o que os adultos fazem, pois confiam nos seus instintos de intuição. Um dia, estava eu a falar sobre comunicação numa turma de primeiro grau, quando fui surpreendido por uma Criança Índigo. Discutíamos a importância de escutar.

Esta maravilhosa criança aproximou-se gentilmente e disse-me com muita sabedoria:
“Senhor Ocker, escutar e silêncio são a mesma palavra, só que tem letras diferentes.”
Sorri e senti a sua brilhante declaração. Enquanto nos olhávamos, eu não lhe disse nada, mas o entendi perfeitamente.

Através das suas palavras instintivas ela ensinou-me a forma mais sábia de comunicação.
As Crianças Índigo vivem instintivamente. Este é um processo difícil para os Pequenos, pois, embora sejam agentes da transição da Humanidade, sentem-se impedidos por essa Humanidade não lhes permitir viver instintivamente. Para eles, os desafios são diários, pois, em muitas culturas, o instinto é ignorado.
Nas culturas dominantes não se confia no instinto; pelo contrário, desde tenra idade, as crianças são ensinadas a temerem os seus instintos.
Os jovens sentem que o seu ego pode ser um aspecto positivo da personalidade, e que, com efeito, o ego é necessário para lidar eficientemente com os seus assuntos. A nossa cultura faz ‘finca pé’ neste sentido.
No entanto, e é aqui que as Crianças Índigo se frustram e se confundem, ensinamos que é um erro elas ouvirem o seu ego e que devem desenvolver uma personalidade social que proteja a sua aparência.
Desta forma, as crianças refugiam-se na segurança destas falsas imagens, destas máscaras que os adultos lhes ensinaram a construir. O sistema educativo, a comunicação social e as pessoas que culturalmente as
influenciam, ensinam que desenvolver uma “auto-imagem” é um assunto urgente e de grande importância.
Este tipo de ensino é um veneno para as novas crianças.
Estas crianças têm os seus pais, professores, e figuras de autoridade como guias, dispõem da sua orientação para compreender a realidade. Frequentemente estas crianças ficam presas a esta orientação errada para o resto das suas vidas, dando pouca importância à sua voz espiritual interior e deixando de obedecer aos seus instintos. Como a maioria das pessoas na nossa adormecida sociedade, eles começam a calcular os valores da vida, usando os intratáveis mecanismos da razão. Este é o único parâmetro para medir o
êxito, que se ensina as crianças.
As novas crianças oferecem uma nova consciência sobre a auto-imagem. Elas dão ao planeta um novo entendimento sobre a Humanidade e uma visão de como viver instintivamente. Elas querem viver espontânea e instintivamente, querem simplesmente Ser! Querem dizer as palavras correctas sem terem que pensar nelas primeiro, querem experimentar a pureza de uma mente livre de problemas e de responsabilidades excêntricas. Querem saber o gesto correcto, o comportamento correcto e a resposta criativa para cada situação. Esta é a visão da Humanidade que elas nos ensinam. Elas clamam para que nós confiemos em nós mesmos, nos nossos instintos e sentidos intuitivos – qualidades que são o direito de nascimento de qualquer ser humano. Com uma orientação adequada, as Crianças Índigo amadurecerão, não apenas retendo estas qualidades, como as desenvolverão, polindo-as como a mais fina obra de arte. Elas e as suas
sociedades viverão instintivamente momento a momento, exactamente como estão a convidar-nos a viver agora.

Disciplina sem castigo

O castigo não serve para estas crianças, pois isto cria medo, requer julgamento, cria intenções de ira e incrementa mais conflito. Estas crianças mostrarão rebeldia e se consumirão em ódio. Isto é perigoso para as suas almas e para a vida dos demais. Evite, pois, os castigos.
A disciplina, ao contrário, guia as crianças mostrando, de forma lógica e realista, as consequências dos seus atos. A disciplina mostra-lhes o que fizeram de mal, denuncia-lhes a autoria do problema, e oferece-lhes meios para resolver a situação deixando a sua dignidade intacta.
Experimentar as consequências lógicas e realistas dos seus actos, ensina à Criança Índigo que ela tem ocontrolo positivo sobre a sua vida, que pode tomar decisões e resolver os seus próprios problemas. As criançasquerem este tipo de orientação, que reforça a sua natureza real e sábia, e dá-lhes a capacidade de serem indivíduos responsáveis, cuidadosos e com recursos permitindo-os ser o que elas de fato são!
Estas crianças exigem dignidade e respeito. Elas lêem quais são as suas intenções para com elas, mais do que as suas palavras. São almas sábias dentro de corações jovens. Trate-as com o mesmo respeito e responsabilidade com que trataria a si próprio. Elas o respeitarão por esta forma de as orientar. Portanto, diga o que pretende e faça o que diz. Actue com integridade. Sirva de modelo para estes pequenos e eles crescerão como sementes de júbilo. Saber actuar dentro de uma ampla gama de alternativas é parte importante
da disciplina das Crianças Índigo. Se você quer que elas aprendam a tomar decisões sábias, deve dar-lhes oportunidade de escolha, inclusive se as suas decisões não forem as mais sábias. E, a menos que estas decisões sejam uma ameaça para as suas vidas, a sua moral ou saúde, permita que elas experimentem as consequências dos seus próprios erros e das suas decisões erradas, por mais dolorosas que estaspossam ser.

Posted: 26 26America/Sao_Paulo dezembro 26America/Sao_Paulo 2010 by PauloCoutinho in Espiritualidade, Mudança

http://revolucaodosindigos.wordpress.com/2010/12/26/agentes-de-mudanca/

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